terça-feira, 23 de março de 2010

Entre a tua certeza e a incerteza que o outro te dá

Cheguei, estou no cimo da montanha!
Não sei como vim aqui parar nem sei de que lado está o mar. Olho para o horizonte sem temer o que vem a seguir. Arrisco as minhas oportunidades alertada-mente e certa daquilo que quero para mim, mas o vento agora soprou forte, fez com que eu tropeçasse nas minhas próprias palavras e ficasse segura a um ramo quase partido. 
Tenho de pensar rápido, os minutos estão a passar e não sei o que fazer. Hei de sobreviver ou vou cair desamparada em cima de garras que me vão devorar? 
Não escolho o destino, escolho a vontade de viver, não escolho o que não quero, escolho aquilo que me faz mais feliz.
De que vale eu tomar decisões? De que vale estar eu certa das minhas palavras? De que vale eu gritar para o mundo o que é melhor para mim?
Se..não tenho a certeza daquilo que me faz bem! Se..o vento cala-me a boca! Se..todo o mundo tapa os ouvidos àquilo que tento dizer...se nem mesmo querem saber!
Ainda aqui estou,.. presa no ramo. Transpiro dor, choro solidão, e temo a escuridão. Não sei quando vou sair daqui, não sei se vou chegar a sair...
E se eu tentar ser mais forte que o sopro do vento? Se eu tentar elevar a minha voz, ao tom de fazer eco nas montanhas..., todos irão ouvir, irão recuar e sentir que eu é que sei aquilo que é melhor para mim, e não aquilo que pedem que eu seja ou que eu faça é que vai ser melhor.
Vou tentar subir sem tropeçar novamente..., se ouvires o meu eco é porque consegui renascer e começar do início, se sentires um arrepio é porque o vento me levou com ele.
(Nunca duvidem das vossas palavras, 
nunca deixem que as opiniões dos outros mudem a vossa,
não vão às vezes tropeçar na inocência de deixar 
outro comandar aquilo que vocês não querem).
|imagem - Fatima|